1. |
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Brilho como um farol.
Lua amiga; e o sol
não espanta o frio e, veja bem,
em Porto Alegre inverno é rei.
Feito criança
me perdi.
Em tuas ruas
me escondi.
Longe de mim
seja feliz. Se atracar nesse porto
vai ter motim,
vai ter motivo de sobra.
Vou te demolir
te fazer sucumbir; sou tua cova.
Doce querubim,
te faço de boba e tu chora.
Vento
que dobra as esquinas
de ruas vazias
de um céu interior.
Alma
de flores quebradas,
cortinas rasgadas,
papéis sem valor.
A milonga
do teu querer
só contempla o teu prazer de ter
corpo no corpo.
E deixa eu
falhar e falar
que vai
ficar tudo bem,
que eu vou salvar
o que a gente tem.
Longe de mim
seja feliz. Se atracar nesse porto
vai ter motim,
vai ter motivo de sobra.
Vou te demolir,
te fazer sucumbir; sou tua cova.
Doce querubim
te faço de boba e tu chora.
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2. |
M.e D.ê M.ais A.r
02:42
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Não é bala de festim
não quero um fim
simples assim.
Danço bem dentro de mim,
sem avião;
alto enfim.
Me acho dentro da cançao,
ébrio, mas são;
sentindo o vão.
Grave faz tremer o chão;
se eles vão,
vou junto então.
Me deixa
eu me afundar.
Vai não para. Para. Para quem
peito dispara? Fala, quero também.
Vento na cara não falha; vem vai e vem.
Minha cara, me fala te quero bem.
Vai não para. Para. Para quem
peito dispara? Fala, quero também.
Vento na cara não falha; vem vai e vem.
Minha cara, me fala te quero bem.
Feito avião
alto lá.
Que fique nessa canção
o quê restou dessa emoção.
Mas vamos tentar
até a noite acabar.
Vai não para. Para. Para quem
peito dispara? Fala, quero também.
Vento na cara não falha; vem vai e vem.
Minha cara, me fala te quero bem.
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3. |
Medo
03:55
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Medo de polícia
Medo de ladrão
Medo de poesia
Medo de canção
Medo no inverno
Medo no verão
Medo se sozinho
Medo na multidão
Medo de ter medo
Medo de ter medo
Quisera eu
andar à toa.
Quisera eu
ficar na boa.
Medo de polícia
Medo de ladrão
Medo de poesia
Medo de canção
Medo no inverno
Medo no verão
Medo se sozinho
Medo na multidão
Medo de ter medo
Medo de ter medo
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4. |
TDM (interlúdio)
02:33
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5. |
Negativo
05:43
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Cuidado,
não sou de ver o lado bom,
mas tento e ligeiro
vou me esconder com o copo na mão.
Às vezes falho com você.
Às vezes falo que não quero mais viver,
mas rezo a São Longuinho
pra me achar, meu bem.
E vem, vem, vem, não importa, vem.
Vontade de me arrumar tem.
E fico aqui
sentado no meu Bom Fim.
Sem Deus, sem tu.
Sangrando mas sem cruz.
E sofre bebê,
teu escape é beber.
Com medo teu cheiro
me faz te prometer
que a tempo vou ser menos negativo, mas
eu bebo veneno.
Teu beijo... Vou viver
com o peso de não ter nenhum motivo pra viver
Sempre sou assim,
tão ruim pra mim
e sem sorte.
Sofro, temo, falho, bebo e erro mas sempre é só pra mim,
é só pra mim que eu digo
"não vai dar tu vai estragar". Tudo de bom
você é tudo de bom que já viveu nesse lixo frio e fraco
que eu chamo de peito. Ah bem feito.
Tento, tento, invento glória.
Quanto tempo sem uma história de amor.
E eu não sinto ninguém aqui.
Com medo teu cheiro
me faz te prometer
que a tempo vou ser menos negativo, mas
eu bebo veneno.
Teu beijo... Vou viver
com o peso de não ter nenhum motivo pra viver
Com medo teu cheiro
me faz te prometer
que a tempo vou ser menos negativo, mas
eu bebo veneno.
Teu beijo... Vou viver
com o peso de não ter nenhum motivo pra viver
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6. |
Andor
02:47
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O meu rancor
é como um jardim
de flor furta cor
sem cheiro,
todo pra mim.
E se eu fizer
mais lindo, pra ti,
poema de amor,
já sabe,
o poeta é um fingidor.
Colecionador
de sonho ruim, não amor.
Casmurro velho o rancor
põe num andor.
Tão lindo
sonho meu
de esplendor
tamanho
rico amor.
Só em sonho,
nunca vai ser,
rosto risonho
não, eu só
fácil faço tu sofrer.
Sentimente pra si
que sente ou que vai sentir.
Sempre inventa motivos
pra fugir.
“M” por “B” vai trocar
sentido vai desvendar
em “torto fujo pro mar
pra me afogar”.
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7. |
Quiçá
03:06
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Dedo entrelaçar
quiçá tudo melhorar.
Se precisar
já vou estar.
Quero ser teu lar,
contar história de ninar,
pegar um dia e navegar
com meu barquinho no teu mar;
remar remar.
Te dizer que eu sei
o quanto tempo levei
pra perceber que sempre estava
ali você,
não como imaginei.
De sonhos me ceguei,
em corpo no teu peito
acordei.
Um homem melhor
não quer um lugar ao sol
pra si,
quer ver nós dois e só.
Vou ser teu lar,
fazer canção pra te brindar,
cantar pra não te ver chorar.
Pra sempre teu sorriso vai me encantar.
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Vitor Marx Porto Alegre, Brazil
Indie avant-garde rock.
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